quinta-feira, 29 de abril de 2010

Education at a glance



Desde 2006 o Brasil participa do projeto INES (Indicadores dos Sistemas Educacionais), responsável pela publicação da Education at a Glance juntamente com outros países associados à OCDE.

A participação brasileira no programa é feita por intermédio do Inep. O Instituto coleta os dados educacionais produzidos no Brasil, revisa estes dados e encaminha à OCDE para serem processados.


Clique sobre a imagem para acessar o Relatório na íntegra

Evidências que merecem atenção:

No Brasil, mais de 60% da população de 25 a 64 anos
não concluiu a educação secundária. As taxas de emprego aumentam com a conclusão de um nível educacional, em especial, para as mulheres. O aumento na renda com a conclusão de um nível educacional, no Brasil, é superior à média dos países da OCDE, visto que os ganhos excedem 100% para os que concluem a educação terciária.

O tamanho médio das turmas em ambos níveis educacionais é superior a média dos países da OCDE. O Brasil está entre os países com turmas de educação primária mais numerosas. A média no País é de 26 estudantes por professor.

Predomina a visão construtivista, porém sua aplicação é menor que nos países citados. O mesmo pode ser observado nos países do sudeste da Europa e na Malásia. Na maioria dos países (e no Brasil), os professores preferem as práticas estruturadas de ensino em detrimento das práticas orientadas para a participação dos alunos na
aprendizagem.



Outra pesquisa conduzida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis), de âmbito internacional cujo foco principal é o ambiente de aprendizagem e as condições de trabalho que as escolas oferecem aos professores do ensino fundamental regular de 6º a 9º ano ou da 5ª a 8ª série.

Foram coletadas informações sobre liderança escolar, avaliação dos professores e feedback, desenvolvimento profissional e atitudes, crenças e práticas educacionais dos professores das séries/ anos finais do ensino fundamental (5ª a 8ª série ou 6º ao 9º ano) e dos diretores das escolas da amostra.

A pesquisa foi realizada por amostragem, nos anos de 2007 e 2008, em 24 países: Austrália, Áustria, Bélgica (Comunidade Flamenga), Brasil, Bulgária, Dinamarca, Eslovênia, Estônia, Holanda, Hungria, Islândia,Irlanda, Itália, Coréia, Lituânia, Malta, Malásia, México, Noruega, Polônia, Portugal e Turquia. Apesar das diferentes formas de se realizar a amostra entre os países, em média, 200 escolas de cada país participaram da pesquisa. Nessas escolas, os diretores e em torno de 20 professores, selecionados aleatoriamente, preencheram os questionários. No caso do Brasil, a mostra foi composta por 400 escolas, sendo que na base de dados final foram consideradas 380 escolas e 5.834 professores.

Resultados obtidos no Brasil
73,6% dos professores e 76% dos diretores são do
sexo feminino com menos de 40 anos.

Quanto ao comportamento do estudante,
observa-se que a perturbação em sala de aula é o
aspecto que mais atrapalha a aprendizagem, na
opinião dos diretores das escolas que concentram
60,2% dos professores.

A maior demanda por desenvolvimento profissional está nas áreas de
Educação Especial, com 63,2%, e de Habilidades em TIC para o ensino, com 35,6%.