Recente artigo publicado pela ACRL
(Association of College and Research Libraries), de autoria de Nathan Hall, intitulado
The Information Literacy Gap in ScholarlyCommunication fortalece a ligação entre a Competência em Informação e a
Comunicação Científica.
Remete,
ainda, ao documento de referência publicado pelo ACRL Working Group on
Intersections of Scholarly Communication and Information Literacy, de 2013, intitulado Intersections of Scholarly Communication and Information Literacy:
Creating Strategic Collaborations for a Changing Academic Environment.
O Grupo de trabalho da ACRL expõe
as mudanças observadas no ambiente acadêmico e científico. As práticas e a literatura
confirmam que o papel dos profissionais da informação está mudando rapidamente,
impulsionado pelo ambiente digital. Este é um movimento sem volta. Os autores
do estudo afirmam que:
• Cada bibliotecário que atua em
um ambiente acadêmico é um professor.
• Todas as funções da biblioteca
acadêmica sofreram impacto e foram alteradas pela mudança da natureza da
comunicação acadêmica e evolução da disseminação do conhecimento.
Portanto, cada bibliotecário tem
um papel no ensino, seja formal ou informalmente, relacionado à comunicação acadêmica
e científica. O Grupo de trabalho pressupõe
que:
• A competência em informação é
definida como um conjunto de habilidades e conhecimentos que exige que os
indivíduos reconheçam quando informação é necessária e têm a capacidade de localizar,
avaliar e usar efetivamente as informações necessárias. Ensinar estas
habilidades sempre exigiu uma consciência implícita sobre as condições sociais,
econômicas e legais que envolvem a comunicação em cada área de conhecimento.
A fragmentação causada pelas
tecnologias digitais associada ao acesso direto à informação nos obriga a
adaptar nossas abordagens na preparação de usuários, capacitando-os a serem fluentes
neste novo ambiente de informação.
• A comunicação científica
refere-se ao conjunto de sistemas no qual os resultados de pesquisa são criados,
registrados, avaliados, divulgados, preservados, e reformulados, tornando-se
disponíveis para novas pesquisas.
A facilidade sem precedentes de
reprodução e distribuição da informação, devido às tecnologias digitais, abriu oportunidades
de compartilhamento de dados e resultados das atividades de pesquisa. Tais desenvolvimentos ampliaram drasticamente
as oportunidades de divulgação de ideias, pesquisas e dados, mas também colocaram
novas pressões sobre a produção intelectual e científica, adicionando preocupações
com a propriedade intelectual, direitos de acesso e disseminação da informação,
e direitos autorais.
Neste cenário cresce também a
exigência com relação aos profissionais da informação. Sob tais holofotes, a competência
científica e informacional torna-se default. Ou seja, a competência esperada é
definida por padrão, estabelecida pelo “fabricante”. Estamos realmente preparados?